Saúde do coração no inverno

21.06
2018

Saúde do coração no inverno

Saúde e Bem Estar

O inverno começa oficialmente no próximo dia 21 de junho e, além de trazer mais frio, pode aumentar os riscos de problemas no coração. É de muito tempo, há mais de 50 anos, que especialistas em todo o mundo observam o aumento da mortalidade por doença cardiovascular durante o inverno. A relação entre mortes e fatores meteorológicos, inclusive com a poluição atmosférica, é verificada em diversas cidades do mundo.

 Segundo a Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio (Socerj), o número de enfartes pode subir até 40% nessa estação do ano em comparação com as outras. As pessoas que já possuem doenças cardiovasculares ou que já têm fatores de risco, como colesterol elevado e obesidade, devem ter atenção redobrada. Hipertensão arterial, arritmia cardíaca e doença coronariana crônica acabam se descompensando com maior intensidade no inverno — alerta o cardiologista Emílio Zilli, diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Em temperaturas mais frias, com médias diárias abaixo de 14°C, ocorre um aumento de até 30% nos casos de morte por infarto do miocárdio. O clima frio desencadeia também outras doenças cardiovasculares, como acidente vascular cerebral, angina e arritmias cardíacas. Pessoas que apresentam colesterol elevado, hipertensão arterial, diabetes, tabagistas e idosos, especialmente com idade acima de 65 anos, são as mais vulneráveis. Por isso é tão importante que a população idosa seja vacinada contra a gripe – além de proteger das infecções, também diminuem o risco de pneumonia e de problema cardiovasculares. Ainda, é importante que a população mais vulnerável evite expor-se desnecessariamente ao frio intenso.

Mas o que o frio tem a ver com a saúde do peito? São vários motivos. Em primeiro lugar, ele contribui para a constrição dos vasos. Além disso, favorece infecções respiratórias – e sobram levantamentos ilustrando que essas doenças aumentam o risco de males no coração, pois provocam uma sobrecarga no sistema circulatório. A exposição intensiva ao frio pode acarretar o aumento da pressão sanguínea, enquanto que os níveis de poluição afetam a variabilidade da frequência cardíaca, podendo causar arritmias. Como se fosse pouco, hoje se sabe que as taxas de poluição, também associadas ao infarto, são mais altas no inverno.

Outro fator prejudicial à saúde é a tendência de comer alimentos mais pesados e ingerir mais bebidas alcoólicas. Somando aos aspectos citados acima, acresce-se o risco de arritmias e infarto, por exemplo. Cuidados básicos, baseados no controle rigoroso da pressão arterial, da glicose, do peso e do colesterol; exercitar-se e evitar fumar, são fundamentais para saúde adequada ano. Além da importância de melhorarmos a infraestrutura das cidades brasileiras contra o frio e, acima de tudo, lutarmos por um ar menos poluído.

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